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sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Momentos medonhos III


Nos conhecemos em uma noite de primavera. Logo percebi que não sentiria nada por essa pessoa, mas ainda assim, minha carência e falta de cérebro fizeram com que desse uma azarada chance.

Em pouco tempo as declarações duvidosas aumentaram terrivelmente de profundidade e cada vez mais minha falta de inteligência revelava-se no deslumbramento de palavras sem sentido.

É certo que no instante que percebi as mentiras a respeito de minhas amizades (joguinhos ridículos tentando me colocar contra meus melhores amigos, o que óbvio, não surtiu efeito. Lealdade é uma característica latente em mim. Burrice também.) resolvi que aquilo deveria parar. Tentei conversar, tentei argumentar.

Então conheci sua tia.

Uma senhora muito gentil e que logo afeiçoou-se a mim. Adorava conversar com ela. Tivemos lá nossa amizade.
Ela me contava coisas a respeito dele e isso e aquilo me divertiam. Mesmo as histórias mais tristes eram boas de serem ouvidas. Minha cegueira não permitiu que percebesse que a singularidade das histórias eram, de fato, similares as que eu havia contado em momentos anteriores.
Sim, com mudanças, as vezes sutis, as vezes não, minha vida estava sendo repetida em histórias mentirosas como se fossem de autoria de outra pessoa.
Eu estava sendo enganado. Não pela senhora, e sim por quem dizia gostar de mim.

E então veio a descoberta. Ele estava com leucemia.

Foi necessária uma viagem a São Paulo para realizar determinados exames que preferi não entrar em detalhes para que não houvessem mágoas...

# # #

Duas semanas depois fui procurado pela gentil senhora. Ela afirmou que tudo era mentira.
Estava com outro

# # #

Rezo todos os dias que metade de suas mentiras se tornem verdade.

=)

Porque tenho bondade no coração e não guardo rancor.

com Carinho

_Koi_

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